Seguindo em Buenos Aires e num dos dias em que andamos alguns duzentos quilômetros pelas ruas e avenidas, fomos da Tucuman no centro até Palermo Soho e voltamos andando, resolvemos fazer um retorno no tempo e ir ao Palacio das Papas Fritas.
Este restaurante no calçadão da Lavalle é a lembrança mais antiga que tenho de Buenos Aires e é o representante mais fiel da cozinha portenha.
E obviamente pedimos papas fritas, que são únicas, não adianta tentar, não saem iguais. Os acompanhamentos não fazem muita diferença, lomo, milaneza, saladas
Depois de um bom descanso, com direito a banheira repleta de gel e loção, as pernas para cima, um bom descanso, vamos de novo à luta.
Precisávamos de um jantar leve, então consegui o que eu queria e meu acompanhante dizia não querer. Japones portenho. Na verdade, é um restaurante que tem sua sede no Peru e a proposta é uma cozinha fusion peruana/japonesa. As duas tem muitos pontos em comum, uma vez que a base são os peixes crus e os frutos do mar. A sugestão veio novamente dos meninos Destemperados. Já disse a eles que eles devem continuar destemperando que nos continuamos temperando...
O Osaka também fica em Palermo Soho e foi o restaurante com nota 9,9. Só para não empatar com o Tomo1 que ganhou nota 10.
Peixes brancos e polvo. Os molhos são uma fusão de limão com molhos orientais, onde vamos reconhecendo ticos de shoyo, molho de ostra, saque, gergelim.
Depois pedimos Mariscos al fuego, realmente a mesa esquentou. São lulas e polvos picaditos sobre conchas Shell, vieiras, com molho agridoce e, no meio, um sal grosso aromatizado onde vai o FUEGO!!!
Finalmente, o plat de résistence. Cá pra nós, a sustancia, veio na forma de Shitakes com langostins, delicioso molho oriental (estava mais para a cozinha chinesa), banhado em sementes de gergelim.
Estivemos ainda, como não podia deixar de ser, por duas vezes em Porto Madero, para o festival de carnes argentinas.
No Las Lilas, após uma hora de leitura da carta de vinhos, sim, este livro aí em cima é apenas uma carta de vinhos, a inspiração para os pedidos não veio e pedimos o de sempre. Bife de chorizo, lomo e acompanhantes.
Seguindo o mesmo caminho e o mesmo raciocínio, o Estilo Campo tem decoração bem cuidada e o serviço atencioso
Charmosos , e quero copiar se fizer uma nova cozinha, os bancos altos feitos com sucata de tratores de arado.
Tambem não precisamos de muita criatividade para os pedidos, Bife de costilla e Sorrentinos com molho bolonheza de lomo picado no cuchillo. Não confundir com cochilo, pois qualquer cochilo e lá se vão os dedos no molho.
Tem um restaurante italiano escondidíssimo na Boca, o Il Matterello. A recomendação está em vários sites e blogs, sempre com muitos comentários extremamente favoráveis. Nome do restô na mão, conseguimos fazer uma reserva, meio achando que era bobagem pois segunda feira gelada que estava... Endereço na mão, e o motorista do taxi teve que pedir ajuda aos universitários via radio, Enfim chegamos. Se não tivéssemos feito a reserva, jamais entraríamos.
Foi no dia 29, então pedi o nhoque tradicional do dia. Estava assim assim. L. pediu raviólis que estavam apenas bons. Acho que não fizemos as escolhas fantásticas. Mas a proprietária, uma senhora assim da minha idade, parecia que nos conhecia de há muito tempo. Simpatia em pessoa, acompanhando cada convidado (não parecíamos meros clientes) até a porta, esperando o taxi chegar e contando de sua vinda da Toscana para a Argentina muuito tempo atrás e do lugar escolhido pelo marido para abrir o restaurante que deu certo não se sabe porque. Acho que sei. A simpatia dela.
O mico da temporada foi o Green Bamboo. Muito apontado e recomendado, mostrou-se assim: bebidas boas.
Encontramos amigos e lá fomos para o vietnamita que vinha cutucando minha memória do conterrâneo inglês que fica la pelo Greenwich em Londres que jamais me sai da lembrança.
A melhor experiência culinária oriental que já experimentei e que, agora, acho que vai ser única mesmo e for ever. O Green Bamboo, em Palermo Holywood, tem um ambiente delicioso, a decoração kitsh super interessante. Se reservar, não esqueça de pedir uma mesa com pés, a menos que estejam acostumados com posições de yoga.
Estávamos em 6 pessoas e fomos acomodados em uma mesa exatamente oriental, almofadas e ponto. Não ficamos confortáveis e fomos logo atendidos ( o duro foi levantar depois de estar sentada) e mudamos para uma mesa com poltroninhas, nas quais nossos corpos ficavam a 45 graus para poder pegar copos ou pratos. Enfim, como disse o amigo, dez % melhor.
Os pedidos:
De confit de pato a peixe ou mariscos, não agradaram.
Agora a decoração ABSOLUTAMENTE kitsh, é muito interessante:
Mas, não sei se vale a pena, a comida é muuuuito ruim.
Marcia, tá super legal este post! Adorei saber deste Green Bamboo e do Osaka, lugares que eu absolutamente nunca tinha ouvido falar. Anotadíssimas as dicas. Beijos,
ResponderExcluirDevem ser lugares fabulosos! Nunca provei comida japonesa mas adoro frutos do mar :)
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